Em uma reviravolta surpreendente, a Espanha registrou um impressionante aumento de 9,3% nos preços de aluguel em relação ao ano anterior, segundo relatórios do portal Idealista. A ironia está na moderna lei habitacional que impõe um teto para o crescimento dos preços de aluguel, limitando-o a 2% em 2023, com um aumento subsequente para 3% programado para 2024 após as alterações feitas em maio.

Mas o que está alimentando esse notável aumento nos preços de aluguel, especialmente quando a legislação parece estar restringindo-os?

A resposta está na demanda esmagadora por imóveis para aluguel, que supera amplamente a oferta. Como resultado, os proprietários estão defendendo a fixação de preços mais altos a serem consagrados na legislação.

Notavelmente, os maiores aumentos anuais nos custos de aluguel foram registrados nas seguintes cidades:

1. Valência – 22,1%
2. Alicante - 18,6%
3. Barcelona – 18,1%
4. Málaga - 17,9%
5. Madri – 10,7%

Atualmente, Barcelona lidera a lista como a cidade mais cara para alugar, com um custo médio de €20 por metro quadrado. Madri vem logo atrás, com €17,7 por metro quadrado.

À medida que as discussões dentro do governo continuam sobre possíveis regulamentações de mercado, a questão premente permanece: Investir em imóveis para locação ainda é uma empreitada lucrativa diante desses preços elevados?